Para começar, algo que foi bastante notório, não existem animais abandonados ou de rua, como muitas vezes encontramos por cá e isto deve-se em grande parte às leis bastante rígidas contra o abuso e maus-tratos animal que a Holanda tem em vigor. De seguida o que saltou claramente à vista são os automóveis, ou melhor dizendo, a falta destes. É que muito poucas pessoas os usam. Foi realizado um grande investimento em postos de abastecimento para veículos eléctricos, apesar de a maioria da população utilizar como meio de transporte urbano a bicicleta. O planeamento urbanístico e do território tem estes factores como prioridade. Além disso e para colmatar, a venda e comercialização de veículos a gasolina e a gasóleo deixará de ser permitida a partir de 2025. Se não nos falha a memória, já trouxemos ao programa o tema da primeira ciclovia solar do mundo, ora vão lá procurar nas emissões passadas!
Outra questão social deveras interessante são as prisões, que têm vindo a fechar por falta de reclusos. Desde 2009 já foram encerrados 9 estabelecimentos prisionais em todo o país. Também a nível da manutenção e protecção das populações da vida selvagem foi possível encontrar exemplos de soluções para minimizar ou mitigar o impacte do Homem no meio ambiente. Em diversas rodovias e auto-estradas foram construídas estruturas que permitem a passagem da vida selvagem de modo a não ser afetada pela perturbação e segmentação do habitat, no total são 6000 viadutos, designados de “ecodutos”.
Para terminar, Amsterdão, a capital da Holanda com cerca de 847 mil habitantes (e muitas mais bicicletas) tem em curso uma mudança energética muito importante: espera-se que até 2050 todas as habitações serão abastecidas por energia proveniente da queima de resíduos sólidos urbanos e excedentes dos processos industriais. O processo de transição energética já está em prática e aproximadamente 70 mil casas já recorrem a energia renovável para o seu abastecimento. No ano seguinte, outras 10 mil habitações devem integrar este processo. De modo geral a indústria do gás parece estar de acordo em terminar a sua extracção no mar do norte também devido ao elevado risco de terramotos.
Não há dúvida que ainda há muito que fazer. Com cada vez mais exemplos de procedimentos e medidas implantadas, como estes no caso da Holanda e, por outros países nórdicos que já referimos inúmeras vezes nas emissões, fica a faltar seguir o exemplo. É imperativo que a mudança e a transformação ocorram no tempo de vida da nossa geração!
Se tinham dúvidas em visitar a Holanda ficaram aqui com boas razões para o fazerem e, se são dos mais desconfiados e ainda não ficaram convencidos, dêem uma espreitadela neste vídeo:
Sem comentários:
Enviar um comentário